Jogador N°1 | Aperte o Start e escolha o seu nível

Jogador N°1 | Aperte o Start e escolha o seu nível

04/08/2017 0 Por Alan Uemura
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Num futuro distópico, situado em 2044, Wade Watts, como o resto da humanidade, prefere a realidade virtual do jogo OASIS ao mundo real. No jogo, seus usuários devem descobrir a chave de um quebra-cabeça diabólico, baseado na cultura do final do século XX, para conquistar um prêmio de valor inestimável. Para vencê-lo, porém, Watts terá de abandonar a existência virtual e ceder a uma vida de amor e realidade da qual sempre tentou fugir.

Para os que estão dizendo “Uau! Spielberg voltou a ser original“, bem, pode apertar o Reset porque ele apenas tirou a “exclusividade” e está fazendo um novo lançamento. Opa, isso foi muito console de games! Uma mini explicação. “Exclusividade nos games”, é quando uma empresa faz um jogo exclusivo para uma única empresa (Sony, Nintendo, X-Box) e depois lança para todas as outras.

O filme “Jogador Nº 1“, é baseado no livro (Ready Player One) de Ernest Cline, que possui versão no Brasil a venda. Fizemos uma busca em sites como o da Saraiva (físico esgotado), Submarino e Livraria Cultura (físico esgotado), e o valor não ultrapassa os R$ 30,00. Nas duas primeiras, o leitor encontra o livro em formato digital.

E sobre o que é o livro? Vamos a sinopse!!

Cinco estranhos e uma coisa em comum: a caça ao tesouro. Achar as pistas nesta guerra definirá o destino da humanidade. Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada Oasis. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa e quem achá-las herdará toda a sua fortuna. Como a maior parte da humanidade, o jovem Wade Watts escapa de sua miséria em Oasis. Mas ter achado a primeira pista para o tesouro deixou sua vida bastante complicada. De repente, parece que o mundo inteiro acompanha seus passos, e outros competidores se juntam à caçada. Só ele sabe onde encontrar as outras pistas: filmes, séries e músicas de uma época que o mundo era um bom lugar para viver. Para Wade, o que resta é vencer – pois esta é a única chance de sobrevivência. 

Muitos o chamam como o novo Matrix! Bem, vamos colocar muitos pingos nos “is”. Matrix não foi inovador neste conceito. Ficção Distópica não é novidade. Jogadores de RPG (Role-playing game), sabem muito bem disso. E não – de novo -, estou falando dos RPGs de vídeo game. Mas sim daqueles antigos que ainda hoje fazem sucesso, que são os jogos de mesa, com seu modo de interpretação, com o mestre contando a história e onde o objetivo nunca é vencer, mas sim se divertir. Gostou do conceito? Existem muitos locais para se jogar.

Voltando. A ideia do livro/filme, já foi utilizada diversas vezes na televisão, livros, filmes entre outros. Dizer que este livro/filme é um novo Matrix, é ter preguiça mental por parte de muitos “críticos” literários/cinema que apenas pegam a sinopse do livro/filme e acham parecido com algo que gostaram (na verdade odiaram quando saiu, mas como seu público gosta, é melhor dizer que gostou), e diz “O novo tal livro, O novo tal filme”.

Aconteceu recentemente com Ghost in the Shell, onde foi comparado com quem? Isso, Matrix. E isso porque Matrix é baseado na obra japonesa e não o inverso.

Jogador Nº 1 foi lançado no Brasil em 2012. Nos EUA, em 2011. E antes disso podemos citar Admirável Mundo Novo (1932), Fahrenheit 451 (1953), THX 1138 (1971), Tron (1982) e sua continuação Legacy (2010), Jogos de Guerra (1983), Vingador do Futuro (1990), O Passageiro do Futuro (1992), Dot Hack (2002), Sword Art Online (novel – 2009), entre tantos outros.

Dot Hack é uma obra japonesa com vários lançamentos (games, cartas, etc) que serviu de inspiração para diversos outros jogos para consoles e animações.

Portanto, isso não é novo, e Matrix não é inovador. Matrix foi sim uma revolução por efeitos especiais, pois utilizou o efeito Bullet, 360, etc.

Muitos fãs podem torcer o nariz e dizer “ele tem filosofia“. Concordo gafanhoto! Os outros não? Não desmereço Matrix, pelo contrário! Sou um fanático por ele.

O que desmereço são propagandas de marketing que colocam em seus títulos dizendo que o livro, o filme, a série, é o novo Arquivo X, Supernatural, Star Wars e se segue. Fazendo com que a pessoa compre essa falsa ideia e vá assistir ou ler, esperando por aquela obra, e sai totalmente decepcionado. Ou não.

Acho isso totalmente errado.

Alguém gosta de ter um relacionamento e chegar na casa do(a) namorado(a) e ser apresentado como o novo fulano(a) de tal? Pelo contrário! Porque muitos podiam até gostar daquela pessoa, mas também existem aqueles que odeiam. E ninguém gosta de ser comparado.

Cada novo lançamento, é ele e acabou. O autor pode até ter se baseado em obras antigas, mas o que ele acaba de criar, é único e pronto!

Portanto, na hora de ler e assistir Jogador Nº 1, não o compare com obras antigas. E não compare o filme com o livro.

Divirta-se das duas maneiras. E por que o trailer fez tanto sucesso? Isso é uma história para ser contada em outra ocasião… (Parafraseando A História Sem Fim).


https://youtu.be/bhLhbgRwZqU