Crítica | Nós já assistimos Snowden – Herói ou Traidor

Crítica | Nós já assistimos Snowden – Herói ou Traidor

01/11/2016 0 Por Surya
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snowden

Com ares de documentário e thriller de ação o filme Snowden Herói ou traidor estreia dia 10 de Novembro em terras tupiniquins.

Para quem não sabe Edward Joseph Snowden interpretado por Joseph Gordon-Levitt, é um analista de sistemas,  ex-administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA (Agência de segurança Nacional) que tornou públicos detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global da NSA americana.

Depois dos atentados do 11 de Setembro o sistema de vigilância chegou a um nível estratosférico, não somente pela caça aos terroristas, mas por medo de mais um ataque surpresa a nível mundial, qualquer país poderia atacar os EUA, afinal. E a única maneira de manter o American Away of Live seguro era espionar todos os meios de comunicações possíveis, ou em outros meios mais diretos, – a internet, celulares e que mais estivesse em uma tomada.

Absolutamente todas as pessoas e governos do mundo poderiam ter esse grampo descomunal. Inclusive aqui no Brasil na época houve piada sobre o assunto quando soubemos que “até” o Brazil (com z mesmo) não passou pela peneira.

Talvez para nós BR que saímos de um sistema ditatorial a pouco tempo, o “livre arbítrio” e a “liberdade” não seja prioridade no topo da democracia do País, mas para os Americanos a palavra vigilância fere justamente a constituição. E é justamente nesse ponto que a revelação de Snowden causou um tsunami nas relações internacionais com o tio Sam.

A revelação deu-se através dos jornais The Guardian e The Washington Post, dando detalhes da Vigilância Global de comunicações e tráfego de informações executada através de vários Programas, entre eles o programa de vigilância PRISM dos Estados Unidos. Em reação às revelações, o Governo dos Estados Unidos acusou-o de roubo de propriedade do governo, comunicação não autorizada de informações de defesa nacional e comunicação intencional de informações classificadas como de inteligência para pessoa não autorizada.

Em junho de 2013, Edward Snowden, falando de seu trabalho para a NSA e dos motivos por que decidiu correr os riscos de revelar a existência dos programas de vigilância e espionagem mundial, disse:

“Eu sou apenas mais um tipo que passa o dia a dia num escritório, observa o que está acontecendo e diz: ‘Isso é algo que não é para ser decidido por nós; o público precisa decidir se esses programas e políticas estão certos ou errados.”

Nas mãos de Oliver Stone o filme faz uma viagem desde a revelação de Snowden aos jornalistas do The Guardian e The Washington Post, cenas de reportagens reais com direitos a passagens por terra tupiniquins e o início e “fim” da carreira onde Levitt sede o espaço ao próprio Snowden, em um depoimento emocionante com fotos e imagens reais.

O filme se alonga demais em certos momentos, como se a necessidade de uma explicação mais minuciosa fosse necessária, mas que não prejudica o resultado final. Um filme para um público que curte mais software que hardware, se é que vocês me entendem.

Com a descoberta de que o Brasil foi alvo de espionagem por parte dos órgãos de inteligência dos Estados Unidos, vários senadores defenderam que Brasil concedesse asilo a Edward Snowden. Mas em 1 de agosto de 2013, Edward Snowden entrou em território russo, depois de ter recebido documentação do Serviço de Migração russo que lhe concedeu asilo por um ano na Rússia onde vive até hoje. Clique aqui para ver a reportagem Globo Play

 

Confira como foi o depoimento ao vivo de Snowden na Rússia