Ewan McGregor | e sua trajetória de ator a diretor de Pastoral Americana
27/10/2016Protagonista estava ligado ao projeto de adaptação da obra de Philip Roth muito antes de assinar a direção do filme
Previsto para chegar aos cinemas brasileiros no dia 15 de dezembro, Pastoral Americana(American Pastoral, EUA, 2016), com Jennifer Connelly (Noé, Uma Mente Brilhante) e Dakota Fanning (Guerra dos Mundos, Uma Lição de Amor), marca a versatilidade de Ewan McGregor (Star Wars, Moulin Rouge: Amor em Vermelho e O Escritor Fantasma) como protagonista e diretor. O longa que levou 13 anos para ganhar as telas é baseado no romance homônimo e premiado de Philip Roth, cujo enredo faz crônica das profundas mudanças ocorridas na agitada América impactada pela Guerra do Vietnã, em meados de 1960.
Segundo Gary Lucchesi (Boneco do Mal, Anjos da Noite), produtor de Pastoral Americana, colocar o projeto nas mãos de McGregor não foi uma ideia tão maluca quanto o ator pensou que seria: “nós já o conhecíamos bastante, sabíamos da paixão dele pelo projeto e aprendemos a vê-lo como um artista”. O roteirista John Romano (Noites de Tormenta, O Poder e a Lei), faz questão de reforçar: “Ewan entendeu o romance tão bem que quando nós começamos a parceria, ele me levou ainda mais na direção do que o Roth havia escrito. O melhor exemplo é que o filme começa com uma frase que não estava lá até Ewan assumir a direção”.
Durante a fase de pré-produção, McGregor também trabalhou para ter sob a pele o multifacetado e determinado protagonista do filme. Seymour Swede Levov enfrenta um grande desafio que mexe com toda a sua vida, desde a juventude até a maturidade. Dotado de uma vida aparentemente perfeita, casado com uma bela mulher (Jennifer Connelly) e herdeiro dos negócios rentáveis de seu pai, enfrenta sérios problemas quando a filha do casal (Dakota Fanning) se manifesta com atitudes políticas extremistas, participando de atos terroristas mortais durante o conflito no país vietnamita.
O ator passou por um duplo desafio: trazer à vida o lado simbólico do icônico atleta americano, industrial e pai de família e ao mesmo tempo torná-lo real e humano. “Fui totalmente tomado pelo personagem e fiquei intrigado com o estudo das relações entre pais e filhas que o filme faz”, explica Ewan.
Além de Dakota Fanning, McGregar trabalhou com Valorie Curry (The Following), Uzo Aduba (Orange Is The New Black), Molly Parker (House Of Cards), Rupert Evans (Alexandria) e David Strathairn (Boa Noite, e Boa Sorte) e Gennifer Connely, que elogia o grande tempo dedicado pelo diretor aos atores, que por sua vez tiveram um grande período de ensaios muito construtivos para o trabalho.