Star Trek: Sem Fronteiras | O melhor da franquia até agora, confira nossa crítica
03/08/2016“Nunca julgue a qualidade do vinho pelo rótulo” este ditado popular nunca fez tanto sentido nesta tumultuada semana.
Três filmes, três experiências diferentes, três realidades distintas.
Na segunda-feira foi o dia da “releitura” do clássico de 59 – Ben-Hur. Mas estamos proibidos de divulgar qualquer crítica até o dia 18.
Terça-Feira foi o dia do “cult queridinho do ano” Esquadrão Suicida, quem fez tanto barulho na largada e acabou morrendo na praia infelizmente. (Confira nossa crítica aqui)
Hoje, quarta-feira foi dia de Star Trek: Sem fronteiras, o melhor filme da franquia, e vou além, é uma compilação dos melhores de Star Trek até agora.
Muitas turbulências ocorreram na pré produção desse terceiro filme da fase Kelvin Timeline, como fã confesso que estava com medo de tantas notícias ruins como a indecisão do roteirista e direção.
Quem assume a nova produção é o diretor Justin Lin, que comandou a franquia Velozes & Furiosos do terceiro ao sexto filme.
O roteiro ficou nas mãos de Simon Pegg (o Montgomery Scott da Enterprise) – em parceria com o desconhecido Doug Jung (da pouco conhecida série Dark Blue: No Limite da Lei).
E o resultado não poderia ser tão fantástico. Percebe-se a paixão e o carinho com a obra de Gene em cada linha do roteiro. Foi emocionante ver o resultado finalmente iniciado por JJ Abrams em 2009.
Há quem questione falhas no 1º e 2º filmes, mas com certeza ao ver o resultado percebe-se que se aquele foi realmente um erro, era um mal necessário.
Os atores estão agindo com maior sintonia, como nos bons velhos tempos e Simon foi generoso com todo o elenco, deixando que dessa vez os protagonistas também tivessem maior tempo em cena.
Destaque para as cenas entre Spock e Magro interpretados por Zachary Quinto e Karl Urban. Sensacional.
https://youtu.be/ctovsp4IRRs
A história
Depois de uma missão desastrosa e com desfecho divertido, Capitão Kirk decide pendurar as chuteiras de capitão. Mas não antes de mais uma missão neste seu terceiro ano em cinco no comando da Enterprise.
Sua missão era resgatar uma tripulação de uma raça aliada a Federação, mas caem em uma armadilha e toda a tripulação acaba isolada em um planeta hostil.
Os sobreviventes, agora em duplas, encontraram meio de sobreviver até a sensacional conclusão.
Há vários momentos nostálgicos que vão levar os fãs as lágrimas e o mais importante, esta nova história, apesar de ter algumas referências com os dois antecessores é totalmente independente e não há nenhuma necessidade de assistí-los, mas com certeza vai fazer com que os novos fãs queiram conhecer mais sobre esse tal de Star Trek.
Sentiremos falta de Leonard Nimoy falecido há um ano e de Anton Yelchin o jovem Chekov que morreu em um acidente misterioso este ano.
No caso de Nimoy há várias homenagens em vários momentos do filme, sabe-se que Zachary Quinto que interpreta o personagem Spock nessa nova geração era grande fã e considerava-o um grande mestre. Há momentos que notamos a real emoção do ator ao lembrar do Leonard. Emocionante. Anton recebeu créditos especiais no final, sabe-se que nos próximos o personagem Chekov não será substituído. Nada mais justo.
A série Star Trek este ano está em seu 50º aniversário e este é o melhor presente que um fã poderia receber.
Infelizmente o filme entrará em cartaz no Brasil somente em Setembro, quase dois meses após o lançamento mundial.
Mas um conselho. Assista no cinema, na melhor sala da sua cidade, vale cada centavo.