Crítica | Chocante, um Choque verdadeiro de Amor
02/10/2017[widget id=”yuzo_widget-4″]
No inicio dos anos 90 a boy band Chocante conheceu o sucesso com uma única música: Choque de Amor. Esse hit “chiclete” estourava em todas as rádios e transformou o grupo formado por Téo, Tim, Toni, Clay e Tarcísio na boy band mais conhecida do Brasil na época.
Um filme parafraseando o título, Chocante! Chocante no bom sentido. Esta comédia nacional, traz do melhor – e pior -, do final da década de 1980. O início e o fim das Boy Band.
Entre as mais famosas estavam Menudo, Dominó, Polegar, entre outras. Eram grupos formados por até 5 adolescentes que cantavam sobre o amor com coreografias que levavam as fãs femininas a loucura. O interessante que o termo Boy Band só nasceu anos depois que esses grupos acabaram.
E Chocante é exatamente uma delas. O grupo nunca existiu, é apenas uma boy band ficcional para esclarecer. Vai que…
Está sátira bem feita e escrita por Bruno Mazzeo e Pedro Neschling, fala sobre Amigos. A amizade que nasceu com o grupo e não como banda.
Como bem lembrado durante a entrevista por Bruno Garcia, bandas nasciam na garagem e cresciam entre shows em barzinhos até chegar no estrelado. Já as Boy Band eram comerciais. Algum empresário fazia um teste e os “meninos” eram escolhidos para formar aquele quinteto. Muitos como o Menudo tinham “meninos com validade”, pois a partir da maioridade eles saiam e davam lugar para algum outro membro.
Esta amizade entre eles não perdurou. O grupo foi como uma estrela cadente – literalmente. Ela foi do topo e explodiu destruindo tudo aquilo que tinha em menos de um ano, após a briga ao vivo entre dois de seus integrantes.
Anos depois, cada um tem a luta diária de qualquer trabalhador para se manter. Cada qual em uma profissão, a vida não tem sido nada fácil para eles. Só que isto não é mostrado de uma maneira que possa deprimir o público. De forma alguma.
As pessoas irão rir da maneira como cada qual define o seu trabalho. Como se viam 20 anos atrás e como tem vergonha da forma como se vestiam, mas não ligariam de usar as “calças marca p$%ü” novamente. É raro ver um filme que mostra esta realidade.
Gente que agora é adulta, que possuíam sonhos que de alguma maneira não se concretizaram. Sentem saudade do passado, falam sobre ele com seus filhos, tentam mostrar para outros como se vivia e cantava naquela época, sem um pingo de vergonha de quem eram.
Entre tantas batalhas do dia-a-dia, estas pessoas irão se encontrar novamente, não apenas para trazer o grupo de vota, mas sim aquele espírito de amizade e o principal: de diversão!
Chocante é um filme curto, divertido, que mostra com bom humor um outro lado musical e da televisão dos anos 1980 e início dos 1990. E que venham mais filmes deste estilo. Sem vergonha para contar a nossa história! E destaque para as participações especiais e para a música final. Quero ver quem não vai sair dando chutes e cantando! Porque, já estamos P da Vida com as chatices do mundo!
E que subam as cortinas! Até a próxima!