Livro Drako traz como fortes elementos conflitos adolescentes, bullying e escolha de gênero
08/11/2019Livro Drako traz como fortes elementos conflitos adolescentes, bullying e escolha de gênero
- Um dragão vermelho, que era rejeitado por sua criadora, descobriu suas aptidões quando conheceu um novo amigo e, com isso, passou a dar valor para a vida que ele não sabia que existia.
- A capa do livro permite ver o dragão vermelho em 3D por meio de aplicativo
Uma história cheia de misticismo, daquelas com forte inclinação na crença de entes sobrenaturais, na qual o ser humano pode se comunicar, ou receber sinais e mensagens, de divindades, assim é o livro Drako e a Elite dos Dragões Dourados, de Paola Giometti.
Dentro da ficção da existência de um dragão encontramos muitos elementos sobre a vida de adolescentes comuns, repletos de conflitos, que precisam ser vencidos, dúvidas, aceitação, bullying e a busca por seu espaço no mundo. A narrativa de Drako se confunde, em muitos momentos, com os enredos de muitos jovens. E Drako serve de exemplo para findar muitos destes enfrentamentos.
Livro X Vida Real
Lançado no final de 2018, o livro Drako e a Elite dos Dragões Dourados, o primeiro da série de uma trilogia, já é uma história antiga, desenvolvida pela autora quando ela tinha 17 anos e conta a história de um dragão vermelho, o Drako, que veio ao mundo não por meios convencionais, mas sim como uma criação da bruxa Creonice, que deu vida a ele porque queria fazer parte de uma Máfia de Feiticeiros, mas que não aceitava bruxos. Para ingressar neste grupo, ela precisava provar sua capacidade fazendo brotar vida do nada. E foi assim que nasceu o Drako.
Drako era peculiar e tinha algumas diferenças sobre outros dragões, uma vez que faltou um elemento no momento de sua criação. Em razão disso era rejeitado por sua criadora e encontrou em um novo amigo, uma mosca que o ensinou a voar, o que precisava para se encontrar consigo mesmo. Sendo assim, passou a questionar os maus tratos aos quais era submetido e que a vida era muito mais do que um moinho sem janelas. Assim, ganhou uma força vinda de si mesmo para acreditar que ele podia ser muito mais. E com ajuda da magiquímica (um termo criado pela autora) tenta superar os grandes desafios que virão pela frente, desde enfrentar dragões inimigos até a Máfia de Feiticeiros.
Durante sua vida, Drako sofre com preconceitos e ameaças por conta de sua cor ser associada a má fama que tinham os dragões vermelhos. Mas seu sonho de se tornar um Magiquímico leva-o a ingressar na Sociedade dos Dragões Brancos, onde terá que lidar com as diferenças e provar que seu valor não está ligado à sua cor.
A história reflete sobre a importância da autoaceitação, mesmo quando a sociedade parece estar contra você, sobre a aceitação e respeito dos outros por quem somos e não pelo o que aparentamos ser. Drako não era como a sociedade esperava, nem por habilidades, nem por aptidões, e quando ele se convenceu disso, conseguiu mostrar para todos o seu valor e encontrar o seu lugar no mundo.
Paola Giometti
A autora tem 35 anos, é brasileira, bióloga, PhD em ciências e escritora. Em 1994, com 11 anos, foi considerada a escritora mais jovem do Brasil por publicar o livro Noite ao Amanhecer. Escreveu uma série de outros livros e publicou a trilogia Fábulas da Terra, composta pelas obras “O Destino do Lobo”, “O Código das Águias” e “O Chamado dos Bisões” onde mescla seu conhecimento acadêmico e empírico para criar personagens e ambientes os mais fiéis possíveis da natureza. Em 2020, “O Destino do Lobo” ganhará versões em inglês e alemão.
Publicou também a HQ “Wakan Kola”, um crossover de “O Código das Águias”. Em 2018 estreou com o novo livro “Drako e a Elite dos Dragões Dourado”, trazendo como novidade um aplicativo onde Drako pode ser visto em 3D sobre a capa do livro.
Hoje ela vive em Tromsø, na Noruega, onde busca inspiração nas florestas e montanhas para continuar escrevendo suas histórias.