Crítica Aquaman, sem spoilers
11/12/2018[widget id=”yuzo_widget-4″]
Atlantida é um dos maiores mistérios da humanidade. Basta uma pequena e rápida busca na internet e você encontrará milhares de notícias sobre essa ilha perdida citada por Platão a aproximadamente 9.600 anos.
Não sabemos ao certo da sua real existência, mas como diz o ditado “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, e é em cima dessa verdade que o diretor James Wan trilhou o seu caminho e criou uma cidade submersa, lendária e incrível.
Alguns críticos estão comparando Aquaman a um Avatar aquático. Eu diria que chegou bem próximo disso visualmente, mas um pouco distante em ritmo de roteiro.
No começo temos uma apresentação do personagem e na sequência, já adulto, Arthur encara uma de suas missões, já tendo total controle das suas habilidades.
Em um determinado momento percebemos que a história não é uma “origem do herói” e fica bem claro que os fatos aconteceram depois de Liga da Justiça, as pessoas conhecem Aquaman na mídia. Mas não sabemos ao certo como isso aconteceu.
Sem muitas delongas Arthur é jogado a ação e é obrigado a seguir o seu destino de retomar o trono e controlar os sete mares.
Jason Momoa está bastante à vontade no papel e existem cenas hilárias com o personagem, apresentadas nos momentos certos e dentro do tom da cena, característica já apresentada no filme da Liga.
Em contraste vemos a personagem Mera de Amber Heard que se sente um peixe fora dágua quando está em terra. Quase que literalmente.
As cenas com Mera são um contraste com as de Arthur, já que a bela ruiva não conhece como as coisas na superfície funcionam.
Nesse ponto é bastante interessante como James Wan apresenta de forma leve o contraste entre os humanos que destroem os oceanos com o lixo e a beleza da vida na superfície.
Falando em beleza, os efeitos especiais dos cabelos é algo a parte, apesar que alguma cenas de locomoção submersa parecerem um pouco superficiais.
O ponto extremamente positivo foi a direção de arte que criou seres incríveis e fantásticos como tudo que vive nas profundezas. É interessante ver o resultado de tantos seres marinhos em uma única cena e local. Em alguns momentos me lembrei da grandiosidade da cena da batalha no filme do Hobbit: A batalha dos Cinco Exércitos e o meu palpite estava certo, a Weta Digital foi uma das responsáveis pelos efeitos do filme além da tradicional Industrial Light & Magic (ILM), que também rejuvenesceu alguns personagens. Técnica essa que está cada vez melhor com o passar dos filmes.
Do mais, é bem divertido e pode agradar aos fãs do gênero, apesar do seu ritmo frenético e a grande necessidade de mostra-se grandioso.
Curiosidade:
Não é de hoje que a história de Aquaman quase tomou vida, em 2006 os atores Justin Hartley (que na época estava em Smallville como Oliver Queen) e Amber McDonald fizeram um piloto não aprovado para TV. A galera até que assistiu e aprovou. Mas não os produtores.