Crítica | Bohemian Rhapsody, we will rock you

Crítica | Bohemian Rhapsody, we will rock you

29/10/2018 Off Por Surya
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Nesse artigo vou assinalar alguns momentos não do filme, mas dos shows para que você se prepare e compare com os grandes momentos do filme, que com certeza fora ensaiados a exaustão pela equipe técnica.

Em 20 de Março de 1981 a banda Queen se apresentou em São Paulo, por uma ironia do destino eu não consegui ir, foi a maior decepção da minha vida perder o dinheiro da van que me levaria ao estádio e ao show.

Sorte a minha que a TV Bandeirantes transmitiu ao vivo e eu estava lá de camarote assistindo confortavelmente na minha casa, sem piscar a transmissão um segundo.

Se ao vivo aquela apresentação foi inesquecível imagina para quem estava lá, ouvindo aquela ópera de Rock que ecoa na minha lembrança acorde por acorde, até hoje. Inesquecível.

Daquele dia para cá já se passaram, quem me dera, 37 anos, uma geração inteira. A batida criada pela banda é um hino para gerações que não viveram na época, – e nada mais justo contar no filme Bohemian Rhapsody um pouquinho de como tudo isso começou, desde a entrada de Mercury na banda sem mostrar, de maneira sábia, a sua morte.

Eles aproveitam e muito a onda saudosista e os áudios originais de Freddie em uma performance perfeita de Rami Malek em palco.

A sincronia da dublagem (playback) é um show a parte

É certo dizer que a trajetória do vocalista toma 80% do longa e explora de maneira sensível a carreira desse cantor que morreu vítima por complicações da AIDS em 1991.

O filme nos embala pela força da trilha sonora que eleva ao nível máximo cada lembrança de quem viveu a história da banda, é impecável. Em escala de interpretação, é claro, está Rami Malek como Mercury, Ben Hardy como Roger Taylor, Gwilym Lee como Brian May e Joseph Mazzello como John Deacon que teve uma participação menor como um todo.

A reprodução do figurino original é outro destaque a produção e junto com Rami dá ao telespectador a imersão necessária.

O que vou falar agora não é necessariamente spoiler, mas, na cena do Live Aid de 13 de julho de 1985, Wembley Stadium, em Londres a equipe técnica está de parabéns, pois “refizeram” todo o show caprichando inclusive na reprodução do áudio original fazendo o espectador bater o pé no ritmo como eu.

Freddie estava magoado por não ter sido chamado para cantar no single “Do They Know It’s Christmas?” e aquele show foi considerado um dos mais incríveis do Rock.

Reprodução de algumas cenas icônicas da banda é destaque

Do outro lado da balança, infelizmente, apesar de ser um filme biográfico, peca justamente pela frieza do desenvolvimento da trama, pecando em explicar para quem não conhece a história da banda momentos importantes. Não percebi uma necessidade de dar dramaticidade ao longa, o que seria perfeito. Acredito que funciona perfeitamente como um longo clip homenagem a este grande artista e sua banda do que o grande esforço cinematográfico, mas que vale pela nostalgia. Compre o seu ingresso, a sua pipoca e deixe-se envolver por esse filme que não vai te deixar quieto na cadeira. E que God Save The Queen Always, porque eles sempre irão Rock You. Podem ter certeza. Eles são ainda os campeões.

Mas antes a trilha sonora original, vale a pena.

 

Bastidores do filme