Crítica O Primeiro Homem
14/10/2018[widget id=”yuzo_widget-4″]
Em 2019, nos exatos dia 20 de Julho far-se-á 50 anos que o homem pisou na lua. É incrível pensar que durante esse curto período o ser humano evoluiu tecnologicamente a ponto de planejarem viagens a Marte.
Damien Chazelle o jovem diretor de La La Land e de Whiplash mostra o seu talento contando a história do primeiro homem a sair fora da Terra e a pisar na lua, Neil Armstrong, em uma época de loucuras, insegurança e guerra por feitos heróicos.
Damien não reinventou a roda e buscou no clássico 2001 recursos de Stanley Kubrick nos aprofundando em cenas estonteantes das decolagens e voos com as naves totalmente precárias.
Tal recurso em primeira pessoa leva o telespectador a uma imersão incrível sem mesmo ter a necessidade de óculos 3D, é claro com momentos sublimes onde a total ausência de som dá ao telespectador um sensação de realidade incrível.
Ryan Gosling por sua vez nos entrega uma interpretação totalmente surpreendente e íntima. Ele nos apresenta um Neil calado, sofrido e por vezes anti-social, até mesmo com sua esposa interpretada por Claire Foy que deu um show a parte.
É interessante observar o contexto histórico como um todo, onde foi se questionado a necessidade da corrida espacial rejeitada pelo povo americano diante da necessidade somente de serem “melhores” que os Russos até a virada de posição da opinião pública quando os rebeldes estudiosos da Nasa foram aclamados como heróis.
O filme é baseado no livro de James R. Hansen, e o roteiro é de Josh Singer (Spotlight – Segredos Revelados).
Entre os caprichos do diretor estão a reprodução das cenas quase fieis a registro original dos voo originais da Nasa e as consequentes missões nem sempre bem sucedidas dos pilotos e engenheiros.
Então esse é um filme obrigatório para você que ama ciência, história e principalmente aviação.
Se você não é um grande fã do gênero talvez se sinta um pouco entediado devido as cenas de total contemplação do momento. O mesmo problema que Stanley Kubrick enfrentou no passado só que desta vez não estamos contemplando o futuro e sim homenageando pioneiros do passado e suas batalhas pessoais e nem sempre bem compreendidas.
Talvez o único deslize no final seja uma cena muito específica, isso é meu toque perfeccionista, (que não vamos revelar aqui), que tentou dar um pouco de humanidade ao frio e triste Neil, mas que pecou em errar no ponto onde justamente o filme tinha acertado, a física. Mas não contamos, vamos ver se você como bom estudante vai perceber. Mas não se preocupe, não será nada tão grave quanto as cenas de Star Wars onde as naves emitem som no espaço ou algo do tipo.
E se eu errei aí professores, eu volto a sala de aula, com certeza. Feliz da vida, amamos esse assunto.
https://youtu.be/yngH9hh-0ew