Crítica Jurassic World: Reino Ameaçado | Uma continuação que a franquia merecia a muito tempo
05/06/2018[widget id=”yuzo_widget-4″]
“Uma continuação que a franquia merecia a muito tempo”
Hoje foi o dia de conferirmos Jurassic World: Reino Ameaçado.
Antes da exibição do longa assistimos a um depoimento do criador Steven Spielberg que se declarou feliz pela direção de Juan Antonio Bayona e o resgate as origens de Jurassic Park; um marco no cinema 25 anos atrás; um daqueles dos raros do cinema em que o conjunto roteiro, efeitos especiais, fotografia, trilha sonora e direção transcende barreiras e torna-se eterno.
Lembro na época quando jovens acompanhavam documentários e descobertas incríveis de dinossauros e super mosquitos que poderiam de fato gerar um dino (especulava-se de fato na época), reflexo do sucesso do filme, e que hoje são grandes cientistas.
O primeiro Jurassic World recebeu algumas críticas de alguns fãs por ser totalmente “parecido” com o original e pela corrida de saltos altos da protagonista Claire. Nessa continuação, quatro anos depois, eles acertaram o passo e colocam em cheque a franquia, -saindo da mesmice e da zona de conforto dos monstros comendo gente e discutem nas entrelinhas a ética da ciência e da biotecnologia com grande parte da história ligada com o filme anterior com um começo ainda na ilha Nublar, que foi totalmente abandonada depois do desastre com o Indominus em 2015, e que hoje está ameaçada devido a um vulcão que entrará em erupção e o questionamento mundial, devemos salvá-los?
Não se deixe enganar, essa é literalmente só a ponta do iceberg nessa história cheia de suspense e reviravoltas.
Outro ponto alto do filme são as atuações de Chris Pratt (Owen) e Bryce Dallas Howard (Claire) que estão em praticamente um filme solo e muito mais a vontade em seus papeis, e em certos momentos lembrou-me até o romance “oitentista” e “canalha” de Han Solo e Leia em Guerra nas Estrelas.
A ilha e a querida Blue não são a única referência que temos dos filmes anteriores, e a direção eficiente de Bayona dá leves pinceladas de fatos que aconteceram, deixando os novos telespectadores confortáveis em acompanhar essa nova história, afinal muitos vão assistir aos dinos pela primeira vez.
No primeiro ato conhecemos os personagens de Justice Smith e Daniella Pineda, um alívio e uma necessidade para o andamento da trama e também teremos a revelação de uma nova espécie híbrida.
E engana-se quem acreditava que os trailers “entregaram tudo”, – há momentos que lembramos de Alien, o Oitavo passageiro, com puro terror e cenas de tirar o fôlego, literalmente; ‘Jurassic World: Reino Ameaçado’ é totalmente diferente de tudo que já foi apresentado nos filmes anteriores. Com muito mais suspense e uma trama mais séria e sombria com dinossauros animatrônicos com computação gráfica e um resultado muito mais realista.
Uma outra participação importante fica por conta de Jeff Goldblum como Ian Malcolm que faz questionamentos importantes que são a base para toda a terceira parte da história.
Não é novidade para ninguém que Spielberg sempre adorou escalar crianças para os seus filmes e Bayona seguiu o caminho do mestre com a nova personagem Maisie Lockwood interpretada pela doce Isabella Sermon em seu primeiro e importantíssimo papel que ditará “quem sabe” o futuro de Owen e Claire em um próximo filme, depois de um spoiler de uma pequenina cena pós créditos onde prevemos um Jurassic World III.
Temos certeza que você sairá do cinema tão encantado quanto nós. E como foi dito no filme.
“O poder da genética foi liberado, não dá para voltar atrás”
O filme estreia em 21 de junho em terras tupiniquins.