Jogo Perigoso | O livro que deu origem ao filme que chega no Netflix

Jogo Perigoso | O livro que deu origem ao filme que chega no Netflix

15/09/2017 0 Por Alan Uemura
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Não costumo comparar ou discutir se um filme é tão bom quanto um livro. Na minha opinião, raras vezes um filme consegue chegar perto ou ser superior ao livro. Principalmente quando se trata de algo escrito por Stephen King.

Começar pela sinopse do filme e o trailer abaixo:

No longa, Gerald e Jessie Burlingame vão para sua casa de verão em um dia quente de outubro, para aproveitar um momento romântico que envolve jogos adultos. Depois de ser algemada na cama, Jessie participa dos jogos do marido, até que a situação tem uma mudança trágica. Ela é deixada amarrada e sozinha com suas memórias dolorosas de infância, um cachorro de rua faminto, as vozes em sua mente, e, possivelmente, alguém que a observa do canto escuro do quarto.

https://www.youtube.com/watch?v=N1be77YZWKI

Agora o livro!

Jessie e Gerald estão tendo problemas no relacionamento. Na tentativa de dar nova vida a seu casamento, viajam para uma região isolada no Maine. Mas um jogo de sexo acaba se transformando em prelúdio para uma noite de horror. Durante o jogo, Jessie é acorrentada à cama, e, subitamente, Gerald morre diante de seus olhos. Está presa e logo percebe que não há chance de alguém ouvir seus gritos. É nesse momento que, impotente e acompanhada apenas do cadáver do marido, vê todos os seus maiores medos ressurgirem para torturá-la. ‘Jogo perigoso’, de Stephen King, revela o estilo eletrizante que consagrou este mestre do terror moderno, e faz o leitor mergulhar numa trama fascinante e diabólica.

“Deixe alguma luz acesa no quarto antes de dormir”. Conselho muito bem dito por Stephen King a respeito deste livro.

A sinopse do livro é sempre melhor! Não dá para dizer se a adaptação será tão boa e denso quanto a obra em papel. Primeiro porque os livros de Stephen King são muito densos e o terror psicológico afeta a cada pessoa de uma maneira diferente.

A imaginação de cada leitor é ativada de uma maneira única em cada parte da história. Diferente de um longa, que precisamos da imagem e da interpretação dos atores para passar todo o drama que acontece neste quarto. Além do visual e a trilha sonora.

Pelo pouco e muito que o trailer já mostrou, o filme será (?) bom. Muitos fãs podem discordar, já que consideram Jogo Perigoso como a obra mais fraca de Stephen King, algo que discordo. Na minha opinião, não existe a melhor obra do escritor. Todas são fenomenais e capturam nossos medos e traumas de maneiras diferentes.

Os que não conhecem, podem achar que é um 50 Tons de Cinza ou algum outro livro erótico de qualquer outro autoir. Por favor! Stephen King quando escreve a respeito de sexo, ele realmente escreve sobre o assunto! E como o sexo é, e não com poemas e cenas tão impossíveis de se acontecerem entre pessoas. Até mesmo de se conhecerem entre aromas de uma manhã ou escorregões em elevadores.

O autor conhece a psique humana e sabe que nem sempre seres humanos estão bem. E isso acontece entre casais. Quantas vezes um quer sexo e o outro não? E quantas vezes algo está para se iniciar e por inúmeros motivos tudo é terminado antes mesmo de se dar conta? Uma parede manchada, o cheiro de suor, a cama que faz muito barulho, o telefone que toca e até mesmo traumas de infância que de repente afloram por uma palavra ou um toque.

E Jogo Perigoso é isso. Um livro que traz (pelo menos em mim), uma certa claustrofobia (trauma infantil) e repúdio e nojo durante muitas cenas com a morte de Gerald. Porque Stephen King não coloca “photoshop” em suas cenas. Ele descreve o que é uma morte, o estado em que o corpo fica, o desespero e a loucura que nos consomem em ficar ali preso ao lado de alguém que está morto, mas ao mesmo tempo pensamos apenas em nossa sobrevivência e sem sentirmos culpa disso, pois somos seres humanos.

É interessante ler os pensamentos de Jessie, em ficar preocupada no início de como irão a encontrar. Ali acorrentada, nua e com o marido morto no chão. E aos poucos ela pensa que tudo irá acabar logo e será impossível ela ficar uma noite a mais naquela cama.

Parece frio. E não é? Quantas pessoas já vimos que se preocupam tanto com a roupa íntima quando vão ao hospital? Ou já escutaram de avós que devemos andar sempre com as meias, cuecas e calcinhas novas, porque se algo nos acontecer, o que os médicos irão achar de nossas roupas velhas? Se nunca passou por isso, deve conhecer alguém que já escutou isso muitas vezes.

Este livro é o estilo clássico de terror psicológico e cheio de delírios que nos irão fazer jogar o livro longe e querer sair para respirar um pouco e depois voltar correndo e não perder mais nenhuma linha.

Já o filme, bem, esse teremos que aguardar. O elenco é muito bom, com Carla Gugino, Henry Thomas e Bruce Greenwood. Agora é aguardar até o final de setembro de 2017 e conferirmos. Ou dependendo de quem leu, nem ao menos querer assistir.

Não pela adaptação ser boa ou terrível. Mas por tudo que é mostrado no livro e nos faz querer ficar bem longe do que aconteceu nestas quatro paredes.