Já conferimos Dunkirk de Christopher Nolan, leia nossa crítica

Já conferimos Dunkirk de Christopher Nolan, leia nossa crítica

24/07/2017 0 Por Surya
Spread the love

[widget id=”yuzo_widget-4″]

Nolan consolida-se como um dos melhores diretores do gênero ao lado de Spielberg e Coppola.

Mais do que um gênero cinematográfico os filmes de guerra fazem o telespectador refletir até onde somos humanamente capazes de superar a diversidade da morte.
Lembro quando assisti Império do Sol de Steven Spielberg em 1987, a beleza na direção do cineasta e a sutileza na interpretação do jovem Christian Bale fizeram-me amar o gênero e entender que uma ótima forma de aprendermos a não errar mais é contando uma ótima história e aprendendo a não errar de novo.

 

Um pouco de história
Mas mesmo assim, estando bem próximo de completar 80 anos de seu início, a Segunda Guerra ainda é um marco recente da vida de algumas pessoas que puderam deixar na bíblia da vida a sua história, as suas angústias, medos e frustações.
O longa Dunkirk conta a história da Batalha de Dunquerque (Bataille de Dunkerque, por isso da origem do título).
Em 1940, as forças aliadas estão em Dunquerque depois dos avanços de Hitler.
Winston Churchill pôs então em prática a Operação Dínamo que tinha como objetivo inicial evacuar 45.000 homens da Força Expedicionária Britânica. No período de uma semana, cerca de 338.000 homens de várias nações conseguiram voltar a casa graças aos civis que embarcaram nos seus barcos para resgatar os soldados.
Em 22 de Maio começaram as preparações para a evacuação, com o nome de código Operação Dynamo, comandada a partir de Dover, pelo vice-almirante Bertram Ramsay. A intenção inicial era evacuar até cerca de 45.000 homens da Força Expedicionária Britânica em dois dias, mas em breve o objetivo foi alterado para resgatar 120.000 homens em cinco dias.
A 28 de Maio, além das embarcações para ajudar na operação, foram chamados mais dez contratorpedeiros, que tentaram naquela manhã uma nova operação de resgate. Vários milhares acabaram por ser resgatados, embora os contratorpedeiros não pudessem se aproximar da praia.
Outras operações de resgate no resto do dia 28 tiveram mais sucesso, tendo sido resgatados mais 16.000 homens, mas as operações aéreas alemãs aumentaram e várias embarcações foram afundadas ou bastante danificadas, incluindo nove contratorpedeiros. Durante a Operação Dynamo, a RAF perdeu 177 aviões e a Luftwaffe 132 sobre Dunquerque.
A 29 de Maio a divisão Panzer alemã que se aproximava parou em Dunquerque, deixando assim o resto da batalha para a infantaria e a força aérea. Na tarde do dia 30 um outro grande grupo de embarcações menores conseguiu resgatar 30.000 homens. No dia 31 de Maio as forças aliadas estavam encurraladas num espaço de 5 km de De Panne, Bray-Dunes a Dunquerque; nesse dia, mais de 68.000 soldados foram evacuados e outros 10.000 durante a noite. A 1 de Junho mais 65.000 foram resgatados e as operações continuaram até 4 de Junho.

 

 

 

Dunkirk tem uma abordagem diferente. É uma história de sobrevivência que se foca mais no evento em si do que nos personagens.
E nossa! Quanto número. Mas é importante colocar estes dados para se ter uma ideia da dimensão do que foi esta batalha e porque Nolan a trouxe para as telas.
Nolan fez questão que víssemos o filme no presente, como se estivéssemos ao lado de cada personagem, e para isso acontecer oferece três perspectivas diferentes: a terra (The Mole, One Week), o mar (The Sea, One Day) e o ar (The Air, One Hour).

 

 

Em destaque observamos Tommy (Fionn Whitehead), Gibson (Aneurin Barnard) e mais tarde, Alex (Harry Styles). No ar estão Farrier (Tom Hardy) e Collins (Jack Lowden), dois pilotos que entram em confronto com alguns aviões inimigos. E por fim, no mar temos Mr. Dawson (Mark Rylance) no seu barco, um dos civis em missão de resgate, acompanhado pelo filho Peter (Tom Glynn-Carney) e o seu amigo George (Barry Keoghan).
Um uso diferente da filmagem. Lembra até um pouco os filmes A Conquista da Honra & Cartas de Iwo Jima onde temos o ponto de vista dos Aliados e do Império Japonês.
Um total de cinco nações fizeram parte da evacuação de Dunquerque – Grã-Bretanha, França, Bélgica, Países Baixos e Polonia.
Apesar de não ser uma história pessoal e claramente percebemos que não foi uma história de uma vitória declarada dos aliados, é humanamente possível notar a jornada apesar de assustadora de jovens pela sobrevivência. Nolan nos dá uma perspectiva do que é a Guerra. Onde vencer, é permanecer vivo e não apenas a luta de ideais, ou seja, Aliados Vs Eixo. Aqui, o grande herói é aquele que por todas as adversidades, ainda consegue caminhar e poder contar a história daqueles que se foram, para que isso nunca mais se repita.
Há vários momentos de ação, de tiros e de explosões, mas aqueles que procuram uma versão da Segunda Guerra Mundial, que chega, aos momentos de tensão – seja na medição do combustível do avião, seja nas várias perseguições feitas pelos Spitfire, sejam os tiros que abrem buracos no casco do navio, sejam os barcos que se vão afundando, o resultado é levar o telespectador a uma imersão total com o filme, sem o trocadilho da palavra.
E também de olhar para trás, para as aulas de História e perguntar: Por que nunca me ensinaram isso?
Abaixo um pouco de aula de história “Do Hoje no Mundo Militar”, sobre a famosa Batalha de Dunkirk.

 

 

 

Powered by flickr embed.

Sobre o filme

Do diretor Christopher Nolan (“Interestelar”, “A Origem”, trilogia “Batman – O Cavaleiro das Trevas”), chega o épico de ação Dunkirk.

Dunkirk começa com centenas de milhares de soldados ingleses e aliados cercados por forças inimigas. Encurralados na praia, com o mar em suas costas, eles enfrentam uma situação impossível à medida que o inimigo se aproxima.

A história se desenvolve em terra, no mar e no ar. Aviões de combate da RAF – Força Aérea Real Britânica – assumem o combate ao inimigo no céu sobre o Canal da Mancha, na tentativa de proteger os soldados indefesos na praia. Enquanto isso, centenas de pequenos barcos conduzidos por militares e civis preparam uma ação desesperada de resgate, arriscando suas vidas numa corrida contra o tempo para salvar mesmo que uma pequena fração de seu exército.

Dunkirk apresenta um elenco composto por atores de diferentes gerações, incluindo Fionn Whitehead, Tom Glynn-Carney, Jack Lowden, Harry Styles, Aneurin Barnard, James D’Arcy e Barry Keoghan, além de Kenneth Branagh, Cillian Murphy, Mark Rylance e Tom Hardy.

Nolan dirige Dunkirk a partir de roteiro original próprio, utilizando uma combinação de tecnologia IMAX® e filme 65mm para levar a história às telas.  O longa foi produzido por Emma Thomas e Nolan, e teve Jake Myers como produtor executivo.

A equipe criativa nos bastidores de Dunkirk incluiu o diretor de fotografia Hoyte van Hoytema, o designer de produção Nathan Crowley, o editor Lee Smith, o figurinista Jeffrey Kurland, o supervisor de efeitos visuais Andrew Jackson e o supervisor de efeitos especiais Scott Fisher. A música foi composta por Hans Zimmer.

 

Dunkirk foi filmado em locações na França, Holanda, Reino Unido e Los Angeles.

Warner Bros. Pictures apresenta Dunkirk, uma produção da Syncopy Production e direção de Christopher Nolan. Com estreia marcada para 27 de julho no Brasil nos formatos 2D e IMAX pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment.