Assistimos A Bela e a Fera, confira a nossa crítica
10/03/2017
Há alguns anos durante uma conversa em uma das exibições para a imprensa, aprendi com o querido Rubens Ewald Filho que a melhor crítica é aquela sincera. Caso contrário o leitor vai perceber que o texto “é falso”.
E é hoje que eu escrevo a minha sincera crítica sobre a Bela e a Fera, mas não antes de uma breve introdução.
Pode parecer incrível, mas eu fui uma das poucas pessoas que não assistiu ao desenho, para espanto geral da nação presente.
Sempre fui “mais fã” das vilãs dos desenhos animados, maravilhosas, divas, poderosas e porque não elegantes.
Rainha Grimhilde (a madrasta da Branca de Neve), diva com sombra e batom vermelho mega power.
A Malévola linda maravilhosa quando se transforma em um dragão, e por que não Cruela e seu desfile Prada.
Não necessariamente que eu fosse má, mas quando eu tinha sete anos eram essa as personas que eu queria ser para enfrentar o meu problema de buling na escola. Quando o “se vira aí com os seus problemas escolares” se encaixavam melhor com a vilã do que a mocinha indefesa. Afinal com sete anos nenhum príncipe iria me salvar dos meus problemas escolares. Agora dado as primeira explicações, vamos lá.
Antes de começar a exibição do filme, conversei com a minha amiga Angela e perguntei o que tornou a Bela uma personagem tão especial.
Segundo ela, Bela foi a primeira heroína da Disney a sair do convencional “lady in danger”. Ela era inteligente, amava ler livros e era independente. Característica básica de qualquer mulher nerd de hoje.
Talvez seja o motivo que as adolescentes / meninas que assistiram o filme em 91 estavam tão ansiosas para ver o desenho em live action.
Afinal já se passaram mais de 25 anos (nossa já faz tudo isso?) e meninas jovens, hoje mulheres tiveram com certeza a Bela como um exemplo encantado até hoje.
Infelizmente, ou não, eu não era mais uma adolescente na época e esse desenho passou batido pela minha lista de prioridades, até hoje.
Então vamos falar do filme…
Não tenho nenhuma referência se a adaptação foi bem feita ou não, pelos motivos acima, mas percebi que as músicas que foram tão tocadas à exaustão na década de 90 estavam todas lá.
Este filme é praticamente um copy-paste do clássico desenho e não digo que não merece o crédito.
O figurino e a fotografia são de cair o queixo, tudo é tão belo e mágico que não tenho dúvidas que teremos alguns Oscars no currículo.
Emma Watson passou uma leveza à personagem Bela que com certeza vai agradar as meninas mais apaixonadas.
Outro mérito também fica por conta da caracterização da Fera vivida por Dan Stevens. Chega a ser assustadora a sua presença no filme.
As cenas iniciais no castelo exalam tristeza e amargura como o momento exige, – momento quebrado pela doce xicarazinha Zip (ou Chip) dublado pelo pequeno Nathan Mack.
A única coisa que me incomodou um pouco foi a “estampa” dos olhos e boca dos atores na xícara. Apesar de realista me causou certa estranheza como um clássico preto e branco O Anjo do Espaço (clique aqui para ver o vídeo) ou o desenho Syncro Vox (clique aqui para ver o vídeo), – obrigado Roosevelt Garcia por me lembrar dos títulos.
Outra coisa que percebi foi um problema com relação a passagem de tempo na história, em dois momentos. Quanto tempo Bela ficou presa no castelo? Em uma determinada cena foi citado algo como cinco dias, em outro momento quando Gaston retorna da sua “busca” me pareceu não menos que dois dias.
Outro problema que tive com o tempo foi quando o feitiço foi lançado. Na introdução tem-se a impressão que passaram anos depois que o feitiço foi lançado. Por outro lado em pouco mais de cinco dias várias pétalas caíram e no final quando os moradores da vila finalmente reencontram as pessoas que estavam presas no castelo. Se alguém puder explicar. Agradeço.
Aliás, uma observação sobre os personagens encantados do castelo. É um desperdício (ou não) de tantos talentos escondidos atrás da dublagem, foi muito interessantes vê-los como humanos no final do filme, ups spoiler.
Falando em transformação em humano, foi bastante interessante ver a Fera de volta como o príncipe, acabamos acostumando com ele como a Fera, um verdadeiro gentleman.
Devo somente avisar algo totalmente pontual que percebi. O filme é incrivelmente real e palpável, nos mínimos detalhes.
Os pais tem uma tendência de achar que tudo na Disney é para criancinhas, mas particularmente eu acho que as muito pequenas não podem ver esse filme.
Não por causa do polêmico personagem gay que tanto se tem se discutido, vou falar sobre isso mais para frente, mas sobre uma cena que a meu ver vai assustar os menores, se você conhece a história vai saber do que estou falando. Quando Bela foge do castelo ela é ataca por um bando de lobos ferozes. A cena é bastante escura e assustadora de verdade. Claro que não chega a ser algo como um Resident Evil ou algo do gênero, mas creio que uma criança pequena pode se assustar. Esses lobos apareceram em outra cena um pouco antes e é igualmente assustadora.
Agora vamos ao polêmico e discutido personagem LeFou.
E sinceramente se exemplos em um filme são necessários para mudar a personalidade ou a opção sexual de alguém é tão grande assim, então eu tenho algo a dizer. Assista a Bela e a Fera e aprenda o quanto à leitura é importante, como os bons princípios valem a pena, como ser gentil com as pessoas é uma obrigação e ser um narcisista machista como o Gaston não vale a pena e nem o esforço.
Um ótimo filme para vocês.
A história e os personagens que o público conhece e adora ganham vida de forma espetacular na adaptação em live-action do clássico de animação da Disney “A Bela e a Fera”, um evento cinematográfico deslumbrante que celebra uma das histórias mais amadas. “A Bela e a Fera” é a fantástica jornada de Bela, uma jovem linda, brilhante e independente que é aprisionada pela Fera em seu castelo. Apesar de seus medos, ela se torna amiga dos serviçais encantados e aprende a enxergar além do exterior horrendo da Fera e percebe o coração gentil do verdadeiro Príncipe que existe em seu interior. No elenco do filme estão: Emma Watson como Bela; Dan Stevens como a Fera; Luke Evans como Gaston, o belo, mas superficial camponês que corteja Bela; Kevin Kline como Maurice, pai de Bela; Josh Gad como Le Fou, o lacaio sofredor de Gaston; Ewan McGregor como Lumière, o candelabro; Stanley Tucci como Cadenza, o cravo; Gugu Mbatha-Raw como Plumette, o espanador de penas; Audra McDonald como Madame De Garderobe, o guarda-roupa; Hattie Morahan como a feiticeira; e Nathan Mack como Zip, a xícara de chá; com Ian McKellen como Horloge, o relógio; e Emma Thompson como o bule de chá, Madame Samovar.
Dirigido por Bill Condon e baseado no filme de animação de 1991, “A Bela e a Fera” tem roteiro de Evan Spiliotopoulos, Stephen Chbosky e Bill Condon e produção de David Hoberman, p.g.a. e Todd Lieberman, p.g.a. da Mandeville Films, com produção executiva de Jeffrey Silver, Thomas Schumacher e Don Hahn. Alan Menken, que venceu dois Oscars® (Melhor Trilha Original e Melhor Canção) pela animação, fornece a trilha, que inclui novas gravações das canções originais compostas por Menken e Howard Ashman, assim como três novas canções compostas por Menken e Tim Rice. “A Bela e a Fera” estreia nos cinemas dia 16 de março de 2017.
BELA (Emma Watson)
Bela é uma jovem inteligente e espirituosa que sonha viver aventuras e romance em um mundo muito além dos limites de seu vilarejo francês. Extremamente independente e introspectiva boa parte do tempo, Bela não quer nenhum tipo de relacionamento com o canalha rude e arrogante da cidade, Gaston, que a persegue incessantemente. Quando seu pai é aprisionado no castelo de uma Fera hedionda, Bela negocia sua própria liberdade pela liberdade de seu pai e rapidamente fica amiga dos antigos funcionários que acabaram se tornando utensílios domésticos devido a uma maldição lançada sobre o castelo. A Fera, apesar de grosseiro e mal-educado, pode ser generoso e cavalheiro e sabe como fazê-la rir, e Bela logo começa a perceber o coração gentil do Príncipe que há em seu interior.
A FERA (Dan Stevens)
Outrora um Príncipe jovem e elegante que havia se tornado cruel e egocêntrico antes de ser transformado por uma feiticeira em uma Fera hedionda, ele está preso no castelo até que possa aprender a amar outra pessoa e ser merecedor de receber o seu amor em troca, quebrando assim a maldição. Quando a Fera pega Maurice invadindo o castelo e o aprisiona, sua linda e obstinada filha Bela assume o seu lugar, e a Fera desenvolve sentimentos por ela, lentamente começando a voltar à vida.
GASTON (Luke Evans)
Gaston é o camponês arrogante e superficial que pretende casar-se com Bela. Antigo herói de guerra, ele chama atenção na taverna da aldeia e tem todas as mulheres disponíveis da cidade na palma de sua mão. Apaixonado por Bela, que é determinada e indiferente aos seus encantos, Gaston é consumido pela rejeição e por ciúmes, e lidera uma multidão de camponeses ao castelo da Fera para resgatar Bela e matar a Fera.
LEFOU (Josh Gad)
Braço-direito de Gaston, LeFou não é dos mais inteligentes. Ele venera Gaston, que não tem nenhuma consideração por ele e faz dele o alvo de suas piadas, mas logo LeFou percebe que por trás da bela camada exterior de Gaston há um coração muito mais sombrio.
MAURICE (Kevin Kline)
Pai da Bela, Maurice é um artista solitário especializado em lindas e únicas caixas-de-música, o que para Bela representa o mundo além dos limites de Villeneuve, mas para Maurice é uma forma de proteger sua filha ao mesmo tempo em que preserva memórias perfeitas de seu passado. Quando Maurice se vê no castelo da Fera e é aprisionado, Bela vem suplicar por sua libertação, e acaba trocando sua liberdade pela de seu pai. Agora cabe a ele convencer os aldeões sobre o aprisionamento de Bela e encontrar uma forma de libertá-la.
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LUMIÈRE (Ewan McGregor)
Lumière é o mordomo francês do Príncipe que é transformado em um candelabro dourado como consequência do feitiço. Frequentemente em conflito com Horloge, o relógio, e obcecado por Plumette, o espanador de penas, Lumière é encantador e sofisticado, e tem a capacidade de transformar uma simples refeição em um espetáculo musical elaboradíssimo.
HORLOGE (Ian McKellen)
Mordomo-chefe minucioso e bastante nervoso que é transformado em um relógio pela maldição de uma feiticeira, Horloge detesta qualquer tipo de interrupção, preferindo que tudo funcione como um relógio.
MADAME SAMOVAR (Emma Thompson) e ZIP (Nathan Mack)
Antiga governanta do castelo, Madame Samovar agora é um bule de chá que ainda mantém seu sotaque londrino. Seu filho Zip, que foi transformado em uma xícara de chá, está preso no castelo com ela e os outros funcionários do castelo. É Madame Samovar que mantém Bela sob sua proteção e que convence a Fera a tentar cortejar sua nova convidada, na esperança de que seja ela que conquiste o coração da Fera.
MADAME DE GARDEROBE (Audra McDonald)
Madame de Garderobe é a renomada diva, cantora de ópera italiana que se apresentava para o Príncipe quando a maldição foi lançada, tornando-se um imenso guarda-roupas. Ela reside no quarto de Bela no castelo, e além de vestir Bela, ela tem uma queda pelo melodrama e propensão a cochilos frequentes.
MAESTRO CADENZA (Stanley Tucci)
Agora um cravo (com um número considerável de teclas quebradas) após a maldição de uma feiticeira, Maestro Cadenza é marido – e acompanhante – da célebre diva da ópera Madame de Garderobe, que, junto com sua esposa e seu cachorro, Froufrou, estão presos no castelo esperando a quebra da maldição.
PLUMETTE (Gugu Mbatha-Raw)
Plumette é a antiga doméstica do castelo que foi transformada em um espanador de penas atrevido, mas gracioso, que conquistou o coração do candelabro, Lumière.
FEITICEIRA (Hattie Morahan)
Disfarçada como uma mendiga desfigurada que busca abrigo na tempestade, a feiticeira é cruelmente rechaçada pelo Príncipe. Ela amaldiçoa o castelo para puni-lo, transformando-o em uma Fera e os habitantes do castelo em utensílios domésticos. Ela avisa a Fera que para reverter o encanto, ele deve aprender a amar outra pessoa e ser merecedor de receber seu amor em troca antes que a última pétala de uma rosa encantada caia… caso contrário, ele permanecerá como uma Fera e seus funcionários permanecerão aprisionados em suas formas inanimadas no castelo por toda a eternidade.