Crítica | Esquadrão Suicida

Jared Leto, ótima caracterização, só

O shortinho da Arlequina é a menor preocupação no filme. Previsão de chuvas, trovoadas e tufões a frente. Que comece mais um capítulo dessa novela DC versus Marvel.

Finalmente estava semana estreia o tão esperado Esquadrão Suicida de do diretor David Ayer (“Corações de Ferro”; “Marcados para Morrer”), estrelado pelo indicado ao Oscar Will Smith (“Ali”; “À Procura da Felicidade”) e pelo vencedor do Oscar Jared Leto (“Clube de Compras Dallas”), assim como por Margot Robbie (“O Lobo de Wall Street”; “Golpe Duplo”), Joel Kinnaman (série de TV “House of Cards”) e pela indicada ao Oscar Viola Davis (“Histórias Cruzadas”; “Dúvida”).
Com um resumão recheado com uma trilha sonora pop divertida o filme não engata e a “motivação” (essa palavra é usada com frequência) não convence e de novo estamos com um impasse, Afinal, para qual público esse filme foi produzido?
Não, será desta vez que teremos um Coringa a altura, o peixe vendido não é o mesmo da propaganda.
Apesar de insano, o palhaço do crime não é nem de longe a atração do circo. E por incrível que pareça essa improvável e maluca combinação, diante do incêndio, poucos se salvam. Nem a belíssima Margot e a tão preocupante sexualização da Arlequina importam diante de tantos deslizes da personagem. Mesmo que ela usasse um shortinho ou um colante de palhacinha vermelha.
Heath Ledger manda lembranças.
Poucos se destacaram. Deadshot (Will Smith), Rick Flag (Joel Kinnaman) e um ponto para Arlequina (Margot Robbie) em várias fases da personagem.
Quanto a narrativa, mesmo com a aparição surpresa do Batman e do Flash o final é o mais do mesmo, vilões malvados contra vilões em redenção.
Todo esse efeito colateral é com certeza a ideia que o fanservice “se vende” sozinho, uma pena.
E de novo estamos dividindo um filme e seu roteiro em dois públicos, o fanservice e um bom filme, e que comece a novela crítico versus fãs, Marvel contra DC parte II, ou algo assim.

Com roteiro e direção de Ayer e baseado nos personagens da DC Comics, o filme também é estrelado por Jai Courtney (“A Série Divergente: Insurgente”), Jay Hernandez (“Ladrões”), Adewale Akinnuoye-Agbaje (“Thor: O Mundo Sombrio”), Ike Barinholtz (“Vizinhos”), Scott Eastwood (“Corações de Ferro”), Cara Delevingne (“Cidades de Papel”), Adam Beach (“Cowboys & Aliens”) e Karen Fukuhara, em seu primeiro papel em um longa-metragem. É produzido por Charles Roven e Richard Suckle e produção executiva de Zack Snyder, Deborah Snyder, Colin Wilson e Geoff Johns.
A equipe de criação de Ayer nos bastidores inclui o diretor de fotografia Roman Vasyanov (“Corações de Ferro”; “Marcados para Morrer”), o designer de produção Oliver Scholl (“No Limite do Amanhã”), o editor John Gilroy (“Círculo de Fogo”), a figurinista Kate Hawley (trilogia “O Hobbit”) e o supervisor de efeitos visuais indicado ao Oscar Jerome Chen (“O Pequeno Stuart Little”; “Corações de Ferro”; filmes “O Espetacular Homem-Aranha”). A trilha sonora é criada por Steven Price (“Gravidade”), compositor ganhador do Oscar.
A Warner Bros. Pictures apresenta Esquadrão Suicida, uma produção da Atlas Entertainment e um filme de David Ayer. O longa será distribuído mundialmente pela Warner Bros. Pictures, uma empresa do grupo Warner Bros. Entertainment, e tem estreia nacional prevista para 4 de agosto de 2016, com lançamento em 3D, 2D e IMAX® 3D, em salas de cinema selecionadas.