A difícil arte das adaptações – INTRODUÇÃO
02/06/2016Onde a emoção supera a razão, ou será que não?
Este artigo é uma introdução a uma série que faremos sobre as adaptações em geral. O que já foi feito de legal, o que esperamos para o futuro e como essa máquina do entretenimento está funcionando e se vale a pena.
Antes de continuar vamos entender o significado da palavra adaptação no mundo do entretenimento segundo o dicionário.
s.f. Ação de adaptar; resultado desta ação.
Transposição de uma obra literária para o teatro, televisão, cinema etc.: este filme é adaptação de um romance antigo.
Arranjo, adequação de uma obra estrangeira que, além da tradução, implica modificações do texto original.
O que assistimos de “original” hoje em dia? Seja no cinema, na TV ou no NETFLIX a grande moda do entretenimento. É mellhor apostar no que já fez sucesso no passado, com infinitas adaptações e remakes ou continuações?
Seja nos quadrinhos, nos games, nos livros ou de sucessos do cinema de anos atrás. Basta uma rápida olhada nas estreias do ano e teremos mais de 70% baseados em algo que já foi criado.
Essa tendência vai durar quando tempo?
Não sabemos ao certo. Apostamos talvez que seja “até quando tivermos bilheteria”. Mas isso causa um efeito colateral bem complicado para quem trabalha com entretenimento. Será que a tal adaptação X é realmente boa “cinematograficamente” falando? Eu já “tretei” com vários fãs ao defender ou criticar uma adaptação, e infelizmente aí que está o coração do problema.
Uma adaptação pode ser ruim e agradar aos fãs; – outras podem pecar por tomar um caminho inverso adaptando a obra a tal ponto que os fãs do original sentem-se enganados ao não identificar o conteúdo com o original. Infelizmente algumas adaptações funcionam e outras não. Antigamente as criticas eram um termômetro para o espectador saber se o filme era interessante, a sinopse e o contexto original.
Na época em que tínhamos que esperar o Jornal Nacional para saber o resumo das notícias da semana ou aquele jornal de bairro mais baratinho para saber o que estreava naquele cinema no centro da cidade.
E afinal, um filme é feito para qual público? Para quem já conhece ou para quem nunca ouviu falar da obra original. A resposta correta é – para quem não conhece, mesmo que seja uma história do Super Homem ou do Sherlock Holmes. Por isso é um trabalho complicadíssimo.
Por outro lado, o fã que “já conhece” pode achar tudo muito chato e repetitivo. Pois é. Hoje na era da internet, em questão de segundos a informação está ali, nas mãos (ou na tela) de qualquer um. E todos são críticos da web livre. Isso porque nem falei dos spoilers que são a grande doença do entretenimento hoje em dia.
Então, independente do crítico (principalmente) e da crítica. Vá assistir e confira você mesmo, sendo bom ou ruim, no final é você quem decide.
E antes de encerrar, uma brincadeira.
Quais foram os últimos 3 filmes que você assistiu que ganharam o Oscar como Melhor Roteiro Adaptado?
Divirta-se.
E antes de encerrar, o sensacional vídeo de Anton Ego, em Ratatoille