Exoplanetas, já passam de 400
21/10/2009E alguns com moléculas orgânicas
Nosso site se chama Aumanack porque de fato é um almanaque de variados assuntos. E fãs que nós e nossos leitores somos de Ficção Científica, nada mais natural do que publicarmos também artigos e notícias de ciência.
É incrível, mas conseguimos lembrar de uma época em que a existência de planetas ao redor de outras estrelas era considerada improvável. Quando não simplesmente impossível!
Vale aqui salientar que falar esse tipo de bobagens é coisa de alguns cientistas, não da Ciência. Esta, a Ciência, é nossa amiga, e no dizer de uma figura que sempre nos inspirou com seu exemplo, é uma vela nas trevas da ignorância.
A Ciência já descobriu que as leis naturais valem para todo o Universo conhecido. As leis que permitiram o surgimento de nosso Sistema Solar, da Terra, e da vida e de nós mesmos, são as mesmas em todo lugar que podemos ver.
Portanto, é apenas natural que, assim que nossa tecnologia atingisse um patamar adequado, as descobertas de planetas extrassolares ou exoplanetas se tornariam rotina.
Tão rotineiras que, a contar do primeiro deles cuja existência foi confirmada, em 1995, já passa de 400 o número desses mundos, dos mais variados tipos e tamanhos, e sem surpresa nenhuma, alguns dentro da zona habitável de suas estrelas, que permite a existência de água líquida em sua superfície.
Água que é essencial a vida baseada em carbono, como a nossa. Água, carbono e seus compostos, que também já sabemos, são muito abundantes no Universo.
O fato é que foi recentemente anunciado, pelos cientistas do ESO, sigla para Observatório Europeu Meridional, localizado no Chile, a descoberta de mais 32 exoplanetas. Seis deles são apenas um pouco maiores do que a Terra, aumentando em mais 30 por cento a classe de exoplanetas chamada de superterras.
Dois dos novos mundos são apenas cinco vezes maiores que nosso planeta azul, ao passo que um dos 32 tem cinco vezes o tamanho de Júpiter.
Lembrando que as limitações da tecnologia atual tornam a detecção de planetas gigantes gasosos mais fácil, daí que entre os mais de 400 exoplanetas já conhecidos a maioria é da classe dos Jupiteres quentes.
Fiquem a vontade para consultar nossa seção de ciência, o Cimofic, onde já publicamos diversos artigos sobre métodos de detecção de exoplanetas.
Descobertas que tem chamado a atenção dos especialistas são de que estrelas menores e mais leves mostram frequentemente possuir planetas ao redor. Tais números são muito maiores que a atual teoria de formação de planetas postula, o que implicará em uma revisão da mesma.
É por isso que a Ciência avança, está sempre mudando, aprimorando-se, evoluindo, melhorando seus métodos. E por isso a Ciência é imprescindível para nós!
A esse anúncio se soma outra notícia, desta vez vinda da NASA. Seus astrônomos comprovaram a existência de água, metano e dióxido de carbono no planeta HD 209458b, um Júpiter quente a 150 anos-luz de distância, na constelação de Pegasus.
E o que falamos lá em cima? Estes são elementos essenciais a vida como conhecemos! Evidentemente, é muito improvável que essa mesma vida exista em um planeta gigante gasoso que orbita a curta distância de sua estrela, com temperaturas de centenas ou milhares de graus e ventos violentíssimos, até supersônicos.
Essa importante descoberta se soma a detecção de dióxido de carbono em HD 189733b, anunciada em dezembro de 2008. Também neste mundo os telescópios Hubble e Spitzer confirmaram a existência de vapor de água e metano.
Esses feitos demonstram que, quando for finalmente localizado um mundo rochoso similar a Terra dentro da zona habitável de sua estrela, anúncio que deve ocorrer nos próximos anos, já seremos capazes de analisar sua superfície a caça dos elementos que comprovam a existência de vida.
Então nesse dia, finalmente, se comprovarão as previsões de nossa boa, velha e querida Ficção Científica!