A Estrela da Morte

19/09/2008 0 Por Surya
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A mãe de todas as armas


Pensem bem! Star Wars não existiria sem essa prova irrefutável da
genialidade e da absoluta maldade e desejo de poder a que muitas vezes seres
inteligentes se devotam.
Leia estava fugindo em sua nave pois trazia consigo seus planos. Foi essa
monstruosa arma que destruiu com um único disparo o belo planeta Alderaan. E
a Aliança Rebelde passou por seu maior teste até então na batalha climática
do final de Star Wars, Ep. IV, Uma Nova Esperança, quando a muito custo um
jovem piloto e futuro Jedi conseguiu, contra todas as chances, um disparo
perfeito que a destruiu!
Claro, estamos falando da Estrela da Morte!

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A uma distância considerável, parece que estamos olhando para uma pequena
lua. Erro que até Han Solo, quem diria, estava cometendo, até ser corrigido
pelo venerável e legendário Cavaleiro Jedi, Obi-Wan Kenobi! Uma gigantesca
estrutura esférica, de 120 quilômetros de diâmetro, e com um imenso refletor
em forma de parábola em seu hemisfério norte.
A Estrela da Morte foi inicialmente projetada durante as Guerras Clônicas,
pelos engenheiros da Confederação de Sistemas Independentes. Com os eventos
que culminaram no final das hostilidades, a queda da República e sua
transformação no Império Galáctico, o projeto monumental caiu nas mãos de
Grand Moff Tarkin, um dos mais importantes governadores do Império. Tarkin
propôs ao Imperador Palpatine a Doutrina do Medo. Pela mesma, ao invés de
despender colossais recursos para expandir as forças imperiais e manter os
inúmeros mundos na linha, essa Nova Ordem ao invés disso, construiria um
verdadeiro símbolo do poder do Império. Pela ameaça dessa arma definitiva,
os sistemas não se atreveriam a contrariar o poder central.
Os planos desenvolvidos pelos separatistas na época das Guerras Clônicas
eram sem dúvida absolutamente brilhantes, mas sua praticabilidade sem dúvida
era muito problemática. Tantas novas tecnologias, e a impressionante escala
do projeto, acabaram requerendo muitos anos de estudos, pesquisa e
desenvolvimento. Tanto tempo transcorreu, que muitos passaram a duvidar da
viabilidade do empreendimento.
O super-laser, cuja abertura é a imensa estrutura parabólica no hemisfério
norte da estação, foi um projeto a parte. Seu projeto chegou a um ponto
crítico, e muitos cientistas de primeiro nível foram recrutados e forçados a
trabalhar em um laboratório ultra-secreto de codinome Maw Installation, em
uma das mais inóspitas regiões da Galáxia. Tais cientistas, como Qwi Xux,
Tol Sivron, e Bevel Lemesky, desenvolveram conceitos de desenho e engenharia
que tornaram a Estrela da Morte possível.

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Um modelo em escala foi construído e finalmente testado com sucesso. Então,
Bevel Lemesky levou os planos para o mundo de Despayre, no Anel Exterior da
Galáxia. Nesse mundo, um imenso trabalho de mineração foi conduzido por
prisioneiros, a fim de produzir os materiais necessários para a arma. Levou
20 anos, mas finalmente a Estrela da Morte foi concluída!
Para marcar a ocasião, o primeiro alvo designado a fim de testar a potência
da arma definitiva do Império foi justamente Despayre. Agora… bem, não
existe mais Despayre!

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Mais ou menos nessa época, um mercenário rebelde de nome Kyle Katarn roubou
os planos da Estrela da Morte em um arquivo em Danuta. Ele transmitiu esses
planos a espiões rebeldes no sistema Toprawa, planos que a seguir foram
combinados com novas informações técnicas obtidas Keyan Farlander para
compor um esquema geral e detalhado da super-arma de Palpatine. Foi através
do esforço desses e de outros heróis da Rebelião que a mais tenebrosa arma
de todos os tempos chegou ao conhecimento da Aliança Rebelde!
Já apresentamos que o diâmetro da colossal estação de batalha é de 120 km.
Muito de seu interior é tomado pelos incontáveis sistemas necessários a sua
operação. Seu núcleo é ocupado com um colossal reator onde ocorrem reações
de fusão termonuclear de proporções similares as de uma pequena estrela, com
potência similar! O super-laser retira sua energia diretamente do reator,
que ainda alimenta uma rede de poderosos motores iônicos, para propulsão
sub-luz.
Mas para a estação realizar sua missão de ser uma super-arma de terror, ela
precisa ser capaz de viajar por toda a Galáxia! Para isso, um total de 123
geradores de campo de hiperespaço, ligados a uma única matriz de navegação,
levam a Estrela da Morte a velocidades superiores a da luz. A inimaginável
quantidade de energia, mais sua descomunal massa, sem contar seus imensos
campos magnético e gravitacional, dão a estação uma capacidade gravitacional
equivalentes a corpos orbitais maiores que ela.
Ainda sobre o super-laser, os cristais de amplificação produzem um total de
oito raios que se unem a um único no refletor parabólico, com capacidade de
destruição sem precedentes. O poder de fogo pode ser regulado para alvos
menores, como naves capitâneas. Mas a Estrela da Morte apenas teve
oportunidade de disparar duas vezes contra corpos planetários, com
devastadores resultados.
No interior, a orientação dos decks segue dois padrões distintos. Próximo a
superfície, o campo gravitacional é orientado na direção do centro da
estação. Já nas profundezas da gigantesca estrutura, a orientação é
direcionada para o pólo sul.

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No equador da esfera existe uma trincheira com uma extensão de 376
quilômetros. Nela estão situados a maior parte dos grandes hangares,
impulsores iônicos, arranjos de sensores variados e os raios tratores.
Existem trincheiras menores nos dois hemisférios, a meio caminho entre o
equador e os pólos. A Estrela da Morte se divide em 24 zonas, 12 por
hemisfério, e cada uma destas tem sua própria ponte de comando. Para
auxiliar a organização dessa incrivelmente complexa estrutura, cada área de
comando é subdividida em setores, como o geral, comando, militar, segurança,
e técnico. E naturalmente, para tornar a estadia um pouco mais confortável
para a incrivelmente numerosa tripulação, há amenidades como áreas de
recreação, shoppings, e até parques!

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E para comandar tudo isso, em uma sala central de comando situada logo acima
da borda superior do imenso refletor parabólico do super-laser, está uma
equipe formada pelo Governador Tarkin, Almirante Motti, e General Tagge. E
claro, separado da estrutura de comando, o representante do Imperador: Darth
Vader!
Essa impressionante monstruosidade abriga um total de 10.000 baterias
turbolaser, 2.500 canhões laser, outros 2.500 canhões de íons, e 768
projetores de raio trator. São nada menos que 265.675 tripulantes, mais
52.276 artilheiros, 607.360 soldados, 25.984 stortroopers, 42.782 elementos
de suporte, e 167.216. membros da equipe das naves, entre pilotos e
tripulantes.

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Falemos das naves embarcadas nos hangares! São 7.200 caças TIE Fighters,
quatro cruzadores de assalto, 3.600 naves de assalto, 1.400 AT-AT, 1.400
AT-ST, 13.000 naves de apoio, e 11.016 veículos de terra.
Entretanto, a firme crença na alta tecnologia e no terror do Império foi o
que o acabou levando a decadência, por desprezarem o desejo de liberdade das
forças lutando contra a opressão. Pois através dos planos roubados, a
Rebelião conseguiu encontrar uma fraqueza, um pequeno terminal de exaustão
de não mais de 2 metros de largura. O jovem piloto rebelde Luke Skywalker
conseguiu, voando através da grande trincheira, um disparo inacreditável,
que causou uma reação em cadeia até o núcleo do reator, destruindo a Estrela
da Morte!
Após os eventos de Uma Nova Esperança, o Império levou três anos para
construir uma segunda Estrela da Morte, ainda maior que a original. Com 160
km de diâmetro, ela ainda se encontrava em construção quando dos eventos de
Star Wars Ep. VI, O Retorno de Jedi. Mas, mesmo com boa parte da estrutura
ainda incompleta, já se encontrava plenamente operacional, como testemunham
as infelizes tripulações das naves rebeldes destruídas por seu super-laser.

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Construída na órbita da lua florestal do planeta Endor, e protegida por um
poderoso campo de força gerado na superfície da lua, sua descoberta pela
Aliança Rebelde foi na verdade uma estratégia de Palpatine, decidido a pôr
um fim nessa detestável inconveniência de uma vez por todas. Habilmente a
notícia foi vazada, e a Rebelião organizou boa parte de sua já poderosa
frota, a fim de realizar um ataque preventivo e destruir a Estrela da Morte.
Contudo, o plano de Palpatine voltou-se contra ele, e o Imperador acabou
encontrando a morte nas mãos de seu próprio discípulo, Darth Vader. Lando
Calrissian a bordo da Millennium Falcon, e Wedge Antilles em seu caça
X-Wing, puderam voar dentro da estrutura da segunda Estrela da Morte e
atacar seu reator, causando uma colossal explosão que destruiu a estação, e
principiou a queda final do odiado Império Galáctico.
Naturalmente, se Star Wars é um clássico sempre mencionado em outras
produções, com a Estrela da Morte não poderia ser diferente! A estação já
apareceu, foi mencionada ou satirizada em produções como Clerks, Newsradio,
Muppet Babies, Family Guy, Farscape, Pink e Cérebro, Padrinhos Mágicos,
Futurama e outros. Estes dois últimos, aliás, sem dúvida fazem as homenagens
mais engraçadas!
Obviamente, temos que citar a fabulosa criação de Maurício de Souza, Tauó,
Coelhada nas Estrelas, onde uma estação de batalha aparece sob o nome de
Emporcalhador de Marte! E, finalmente, na saudosa série em quadrinhos
Universo Star Wars, da Pandora Books, o número 3 teve como história de
destaque a trama Nasce Uma Estrela (da Morte). Na hilária HQ, Tarkin vem ao
palácio do Imperador apresentar os planos da super-arma, causando situações
muito engraçadas e divertidas menções e homenagens a outros universos da
Fantasia e Ficção Científica! Vemos até a Enterprise voando nos céus de
Coruscant!

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Em 1980, seguindo a missão da sonda Voyager 1 a Saturno, causaram sensação
as fotos da lua Mimas, de 392 km de diâmetro, e que dista do planeta 185.600
km. Pois Mimas tem uma cratera com um diâmetro de praticamente um terço de
seu próprio diâmetro, e os cientistas ainda hoje discutem como um objeto
pôde causar esse tipo de efeito, sem destruir a pequena lua. E, devido a seu
formato e disposição, torna Mimas muito parecido visualmente com a Estrela
da Morte exibindo o refletor do super-laser!

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A arma definitiva do Império Galáctico foi sem dúvida uma realização técnica
extraordinária, lamentavelmente usada com as mais funestas intenções.
Felizmente, os rebeldes puderam pôr um fim nessa ameaça, a fim de devolver a
justiça e a liberdade para a Galáxia!