Crânios de cristal

14/05/2008 0 Por Surya
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Algumas das mais incríveis e misteriosas relíquias da humanidade


A imagem de um crânio, por milênios e através de inúmeras sociedades
humanas, tem sido comumente associada ao símbolo da morte.
Um crânio é algo assustador, e que também provoca um elevado sentimento de
respeito. Talvez seja por isso que, entre as mais misteriosas relíquias do
passado, existentes tanto em museus quanto em coleções particulares, os
crânios de cristal estejam entre as mais admiradas e controversas.
Acredita-se que exista uma “irmandade superior” de 13 crânios, todos
escavados nas Américas Central e do Sul, ligados as civilizações maia ou
asteca, mas na verdade tendo sido confeccionados por povos infinitamente
mais antigos, como os da Atlântida ou Lemúria. Eles constituem um mistério
tão profundo e fascinante quanto as Linhas de Nazca, as Pirâmides de Gizé,
ou Stonehenge.
Certas lendas indígenas contam que os crânios têm poderes sobrenaturais de
cura, alguns até mesmo tendo o poder de “abrir” a consciência das pessoas
próximas. Ainda se fala que, quem se concentrar diante de um dos principais
crânios, verá cenas de antigas civilizações, além de cataclismos que podem
ocorrer no futuro próximo.
O crânio mais famoso de todos é sem dúvida o Crânio de Mitchell-Hedges. Sua
descoberta teria ocorrido nas Honduras Britânicas, atual Belize, por F.A.
Mitchell-Hedges, explorados inglês que tentava encontrar pistas da
Atlântida. Em meio a escavações nas ruínas maias de Lubaantun, a filha dele,
Anna, descobriu a parte superior de um belíssimo crânio, feito de cristal
absolutamente transparente. Seis semanas depois, encontrou-se uma mandíbula
de mesmo material e feitio, que encaixou-se exatamente na peça encontrada
anteriormente.

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Mas a origem dessa obra de arte pode não ser essa, pois há registros em
Londres, no Museu Britânico, em 1943, que mostram Mitchell-Hedges adquirindo
o crânio da casa de leilões Sothebys. Segundo o explorador, ele estava na
verdade readquirindo a peça, depois de confiá-la a um amigo que acabou
encaminhando o crânio para a Sothebys. De todo modo, Anna, a filha de
Hedges, manteve o crânio em sua posse até sua morte, em 2007.
O Crânio de Mitchell-Hedges é feito de puro cristal de quartzo, medindo
13,18 cm de altura, 12,38 cm de largura, 20 cm de comprimento, e pesando
pouco mais de 5 kg. Acredita-se que tanto a parte superior quanto a
mandíbula destacável foram feitas a partir do mesmo bloco de cristal. Também
se acredita que seja cópia do crânio de uma mulher, entre seus 21 e 29 anos.
Na verdade, é o crânio mais parecido com um crânio humano, do qual difere
apenas em pequenos detalhes.
A família Mitchell-Hedges permitiu que, em 1970, a empresa Hewlett-Packard
testasse o crânio em seus laboratórios, considerados os melhores do mundo
para análise de cristais. O restaurador de arte Frank Dorland acompanhou os
testes. Uma das espantosas conclusões é que o crânio foi modelado em sentido
contrário ao eixo do cristal, a orientação da simetria de suas moléculas.
Mesmo os modernos artesãos sempre fazem seu trabalho seguindo a orientação
do eixo do cristal, pois do contrário, mesmo com as modernas técnicas de
lasers ou ferramentas avançadas, as chances de despedaçar o cristal são
enormes.

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Ainda mais surpreendente, a HP não encontrou absolutamente nenhum vestígio
de ranhuras ou arranhões no cristal, que indicariam que o trabalho foi
realizado com ferramentas de metal. Para Dorland, a melhor hipótese para
explicar esse extraordinário trabalho é que os artistas utilizaram diamantes
para cortar o cristal, e a seguir fizeram os impressionantes detalhes com
polimento, usando uma mistura de areia e água. Segundo Dorland, tal trabalho
teria durado… 300 anos!
A conclusão da HP é que seria impossível construir uma peça idêntica com a
perfeição do Crânio de Mitchell-Hedges, que além de tudo, tem em seu
interior um intrincado conjunto de prismas e lentes. Um dos engenheiros da
companhia teria dito: “Essa porcaria simplesmente não deveria existir”.
Interessante que os documentos da empresa, detalhando as análises,
desapareceram “misteriosamente”, coisa que alguns céticos alegam ser prova
de que nenhum exame foi realizado.
Esse extraordinário conjunto interior de prismas e lentes no Crânio de
Mitchell-Hedges proporciona impressionantes efeitos quando o objeto é focado
com luzes, e conta-se que certas pessoas conseguem ver cenas e imagens
surgindo no centro do Crânio! O especialista Joshua Shapiro, um dos
fundadores da Fundação Mundial dos Crânios de Cristal (Crystal Skull World
Fundation), e também coordenador do World Mistery Research Center, afirma
que o Crânio pode ser um modelo da própria mente humana, que desenvolvida
até os limites de sua potencialidade, pode atingir outros níveis de
consciência e conhecimento.
Outras teorias dizem que os crânios são um tipo inimaginavelmente avançado
de computadores, que têm registrado e armazenado eventos ocorridos ao longo
de milênios, ao longo da história humana. O Crânio de Mitchell-Hedges,
especificamente, mostraria cenas antiquíssimas de três povos distintos. Um
deles habitaria um mundo subterrâno, dentro da Terra. Outra civilização
habitaria os oceanos, e uma terceira seria de fora do planeta. De fato, o
Crânio também parece ter armazenado cenas das dramáticas transformações que
a Terra experimentou ao longo dos milênios, com ambientes tropicais se
tornando glaciais e vice-versa. E sempre que havia um cataclismo, em meio as
cenas que algumas pessoas conseguem observar no Crânio, também são vistas
naves espaciais, ou ovnis. Aliás, câmeras fotográficas e de filmagem parecem
ser muito mais sensíveis a suposta “energia” do Crânio do que as pessoas.
Há dois crânios que surgiram muito antes do de Mitchell-Hedges, e permanecem
em conhecidos museus. O British Crystal Skull, ou Crânio Inglês ou ainda
Asteca, é mantido no Museu da Humanidade (Museum of Mankind), em Londres. Já
o Museu Trocadero em Paris é a casa do Crânio de Paris.

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Ambos teriam sido comprados por mercenários no México, na década de 1890. O
Crânio Inglês é límpido e opaco, e parece ser uma tentativa de imitar o de
Mitchell-Hedges, tanto na forma como no tamanho. É em peça única, e seus
dentes não são detalhados como os do outro Crânio. Ele teria sido vendido a
Tiffany´s, de onde o Museu da Humanidade o adquiriu, em 1898.
Já o Crânio de Paris tem um aspecto muito mais primitivo, sendo de quartzo
opaco e menor que o de Mitchell-Hedges. Interessante que é dito que o Crânio
de Paris provoca estranhas sensações em quem o observa atentamente, mesmo
por fotos. Também é considerado antiquíssimo.
O Crânio Maia é outro crânio de cristal com aparência humana. Seu quartzo é
puro mas não transparente. O Crânio possui entalhes circulares onde seriam
as orelhas, e a parte posterior da cabeça é alongada. Mas seu nariz e boca
não são bem definidos como o de Mitchell-Hedges, ele é inteiriço. Esse
crânio também parece exibir cenas de tempos antigos, especialmente de
batalhas e sofrimento. Ao que parece, o Crânio de Paris também mostras cenas
violentas, do passado guerreiro da humanidade.

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O Crânio de Ametista é muito semelhante ao Maia, mas feito de ametista
púrpura muito escura. É um pouco menor que o Maia, e ambos encontram-se nos
Estados Unidos, tendo sido descobertos no começo do século vinte na
Guatemala (Maia), e México (Ametista).

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Esses crânios também têm sido estudados, e algumas incríveis conclusões
foram obtidas. O Crânio Maia seria um computador que registraria informações
da mente, podendo ser acessado por qualquer um que o toque. Também poderia
traduzir linguagens antigas para pensamentos modernos. Também acontece de,
quando atingido lateralmente por um raio de luz, o Crânio Maia emana luz
púrpura pelo terceiro olho. Já o Crânio de Ametista pode ser o mais antigo
deles, e a ametista de que é feito pode não ser da Terra. Alguns dizem que
teria sido feito em algum ponto, entre 20.000 e 100.000 anos no passado,
pelos atlantes. Além destes, o Crânio conviveu com os antigos egípcios, e
teria passado pelas mãos de Alexandre o Grande. Existe uma lenda de que as
Cruzadas se dirigiram ao Oriente para apossar-se desse crânio, e ele teria
estado com os Cavaleiros Templários e os Rosacruzes.
Os Crânios Maia e de Ametista igualmente foram analisados pela HP. Da mesma
forma que o de Mitchell-Hedges, também foram entalhados seguindo o sentido
contrário ao do eixo molecular do cristal. Os especialistas deixaram no ar a
possibilidade de ambos serem igualmente muito antigos.
O Crânio do Texas também é conhecido como Max, de quarto transparente e bem
grande, pesando 8 kg. Max teria sido trazido da Guatemala por um médico
tibetano, nos anos 1960. O casal Anna e Carl Parks financiou a construção de
um centro de saúde, e o tibetano em agradecimento lhes presenteou com o
crânio, no começo dos anos 1980. O crânio teria comunicado aos Parks por via
telepática que deveriam chamá-lo de Max, e ele tem sido exposto em eventos
aos quais o casal comparece. Um crânio de cristal muito semelhante, mas
maior, pertence ao Smithsonian Institute de Washington.

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Há ainda um crânio chamado ET, por ser alongado e possuir grandes órbitas
para os olhos, como se fosse mesmo de um alienígena gray. É de quartzo mais
escuro, e teria sido encontrado no começo do século vinte na América
Central. Pertence a Joke Van Dieten, e ela alega que, diagnosticada com um
grave tumor cerebral, teria sido curada pelo crânio.

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Finalmente, o Crânio de Quartzo Róseo é o único entre esses objetos que se
assemelha ao Crânio de Mitchell-Hedges. Também de forma humana quase
perfeita, é igualmente formado por duas peças, com a mandíbula separada, e
sua técnica de construção é comparável ao de Mitchell-Hedges. É um pouco
maior que o outro crânio, e estaria sendo mantido em locais variados, entre
o sul do México, Guatemala e Honduras.
Hoje em dia existem muitos artesãos, inclusive aqui no Brasil, que produzem
crânios de cristal. Mas os descritos acima são únicos e incomparáveis com
qualquer obra atual. Entre o ceticismo de alguns, e a excessiva credulidade
de outros, existe aqui um enigma absolutamente fascinante e extraordinário.
Eles podem ter sido deixados aqui por alguma civilização, ou civilizações,
com o intuito de auxiliar na evolução da humanidade. Algumas teorias dizem
que, se uma pessoa consegue acessar as informações de um crânio, pode
igualmente obter dados de outro, pois todos se comunicariam entre si.
Existem mesmo aqueles que afirmam que, dessa ordem superior dos 13 Crânios
de Cristal mais antigos e poderosos, pode surgir uma nova era. Alega-se que,
colocados juntos, os Crânios manifestariam suas propriedades e habilidades,
uma específica para cada crânio, e juntos proporcionariam a toda a
humanidade a descoberta definitiva de seu potencial, tornando esse
conhecimento acessível a todos.
Seja como for, os Crânios de Cristal são objetos maravilhosos e magnéticos,
simplesmente fascinantes, e dignos do ícone que é Indiana Jones!